Das interpretações e realidades: o desafio contextual | Por André Borges

Introdução

O que vemos a partir de olhares interpretativos é experimento de caracterização dos tempos, realidades, é decifração dos jogos da vida com esferas que nos circundam. Considero também que é anseio, desejo e ambição de alocar-se de modo relevante no modus operandis que incide, e isso não deixa de ser um estilo artístico do humano que procura evitar a nostalgia e angústia, traçando um sentido existencial. Nessa petulância, conscientizamos, problematizamos, libertarmos, operamos. Obtemos jogo analítico da vida com e no mundo (práxis). Pondero que isso é a dinâmica científica, que de modo algum foge aos critérios do perpetrar teológico. Um dos maiores teólogos do século XX, Karl Barth, explicitou isso muito bem quando trabalhou a dinâmica eclesial em seu livro Esboço de uma dogmática:

(…) Ciência é um ensaio de compreensão e de representação uma busca e um ensinamento relacionados a um objeto e a uma atividade determinados. Nenhum esforço desse gênero pode ter a pretensão de ser algo mais do que uma tentativa e, ao dizermos isso acerca da própria ciência, não fazemos nada mais do que sublinhar sua dupla natureza: ela é provisória e limitada. (…) Em cada ciência encontram-se associados o estudo do objeto e sua aplicação a um campo de atividade, pois, nenhuma ciência se reduz à teoria pura ou somente à prática que dela se origina. (Barth, 2006, p. 7-8)

Desse modo, desejo evidenciar, a seguir, como advém o jogo dessas questões que acabo de destacar e que aprecio como proeminente para a dimensão da contextualização. Para tanto, no domínio das interpretações e realidades, minha análise é uma entre muitas. Nesse movimento, o leitor é convidado a concordar e discordar. 

Das interpretações e realidades

Contextualização é um tema árduo, que ganha tons de complexidade na pós-modernidade. Nesse sentido, surgem a rigor tanto interpretações quanto análises das realidades do tempo atual, tão importantes ao tema. Uma elementar corrente interpretativa que destacaremos trabalha com a petulância de ensaios que tentam decifrar a era pós-moderna, porém, não fecha questão com nenhuma linha, pelo contrário, seu teor é justamente despontar que supostas caracterizações da pós-modernidade escapa pelas tentativas e tentações conceituais. Assim, o ramo conceitual, para ordem das interpretações e realidades serve para fundamentar a suspensão e transição – tarefa paradoxal –, não à toa, dentre as expressões usadas para se referir ao fenômeno, encontramos: não-lugares (Augé, 1994), líquido (Bauman, 2017), suspensão da alteridade (Han, 2017), entre outras. Assim, o filósofo Gianni Vattimo expõe, em seu livro A sociedade transparente (1992), o porquê dessa empreitada interpretativa paradoxal. Nesta obra, ele ratifica a exigência das anedotas pós-modernas, para um novo emanar hermenêutico, tarefa essa destinada aos sujeitos e instituições que ambicionam a empreitada contextual. Assim, Vattimo nos diz que:

A filosofia entre os séculos XIX e XX criticou radicalmente a ideia de história unitária revelando precisamente o carácter ideológico destas representações. Assim, Walter Benjamin, num breve escrito de 1938 (Tesi sulla filosofia dela storia), afirmou que a história como curso unitário é uma representação construída pelos grupos, e pelas classes sociais dominantes. De facto, que se transmite do passado? Nem tudo o que aconteceu, mas apenas aquilo que parece relevante: por exemplo na escola estudamos muitas datas de batalhas, tratados de paz, revoluções; mas nunca nos narraram as transformações do modo de nutrição, do modo de viver a sexualidade, ou coisas semelhantes. Assim, aquilo de que fala a história são as vicissitudes da gente que conta, dos nobres, dos soberanos, ou da burguesia quando se torna classe de poder: mas os pobres, ou os aspectos da vida que são considerados “baixos”, não “fazem história”. Se se desenvolvem observações como estas (segundo uma via iniciada, antes de Benjamim, por Marx e Nietzsche) chega-se à dissolução da ideia de história como curso unitário; não há uma história única, há imagens dos passados propostas por pontos de vistas diversos, e é ilusório pensar que existe um ponto de vista supremo, global, capaz de unificar, todos os outros (como seria a história, que engloba a história da arte da literatura, das guerras, da sexualidade, etc.) (…) O ideal europeu de humanidade revelou-se como um ideal entre outros, não necessariamente pior, mas que não pode, sem violência, pretender valer como verdadeira essência do homem, de qualquer homem. (Vattimo, 1992, p. 9-10)

Esse breve fragmento de Vattimo revela o surto de suspensão e negação das interpretações “absolutas” das realidades. Nesse aspecto, o modo de explanar a pós-modernidade como uma condição niilista ganha espaço, ou seja, todos os valores e decifrações objetivadas estão perdurados, e essa condição desemboca no perspectivismo ou relativismo, condição essa que revela realidades e negação dos acondicionamentos unívocos. Esse panorama que acabo de apresentar é uma admissível leitura das realidades na atualidade, e merece apreço no que tange a contextualização. Tomás Halík (2018), Jürgen Habermas (2013), Robinson Cavalcanti (1997), entre outros, são pensadores atentos para essas realidades e nos permitem um grande leque de exposições para pensar a contextualização da igreja. A partir desses autores, notamos faces eclesiais que podem nos oferecer um modelo de igreja perspectivista, igreja dialogal, igreja ecumênica, igreja relativista e outras fisionomias que merecem atenção. No livro, Não sem esperança, de Halík (2018), nota-se certas confissões que consentem o pensar da igreja em tons perspectivistas, “o resultado não precisa ser um ceticismo absoluto, mas poderia nos levar ao perspectivismoao reconhecimento de que todos nós contemplamos a realidade sob determinada perspectiva e que justamente por isso precisamos de um diálogo em respeito mútuo do qual ninguém pode ser excluído” (Halík, 2018, p. 39).

Nesse sentido, igreja perspectivista é uma possibilidade contextual, nela não há resquício algum de moldes do cristianismo antigo e medieval, pois não se considera detentora da verdade, é totalmente aberta para dúvidas, incertezas, questionamentos, e, dentre todas essas fissuras, sua mensagem pretende dialogar, não impor. Por outro lado, o perspectivismo carece ser esmiuçado e ruminado a partir do próprio Nietzsche, esse que influência em demasia Halík. Cabe notar, que uma igreja nesses padrões jamais tenderia ao projeto humanista moderno, o qual visa otimismo cientificista (Halík, 2018). O desafio que fica perante tal questão, para pastores, líderes e pessoas que se interessam por essa vertente é estudar Nietzsche[1], Halík, Vattimo e apreender o mote perspectivista que anula toda vertente universal, permitindo a visão de realidades. Tal condição é uma excelente oportunidade para não ficar preso a referências exclusivamente religiosos. Rudolf Bultmann é um pensador que buscou nos alertar para tal condição. Esse teólogo deixa claro que se o movimento eclesial deseja contextualização, não pode ficar moderado na reminiscência primitiva, mas necessita de olhos cravados para o modo que os sujeitos se comportam na atualidade.

(…) O homem moderno, cujo pensamento tem sido modelado pela ciência (…) já não tem mais nada de mitológico. O homem se serve sempre de meios técnicos, que são o resultado da ciência. Em caso de enfermidade, recorre aos médicos e à sua ciência médica. Se se trata de assuntos econômicos e políticos, utiliza os resultados das ciências psicológicas, sociais, econômicas e políticas, e assim sucessivamente. Ninguém conta com a intervenção direta de poderes transcendentais. Desde logo, na atualidade se dão todavia, algumas reminiscências e algo com o renascer do pensamento primitivo e de superstição. Porém a pregação da igreja cometeria um erro se tomar em conta tais vestígios e se adaptar a eles. A natureza humana se manifesta na literatura moderna, como por exemplo, nas novelas de Thomas Mann, Ernst Jünger, Thornton Wilder, Ernest Hemingway, William Faulkner, Graham Greene e Albet Camus, ou nas obras teatrais de Jean-Paul Sartre, Jean Anouilh, Jean Giraudoux, etc., ou simplesmente nos periódicos. Por acaso vocês têm lido alguma vez que os acontecimentos políticos, sociais ou econômicos sejam ocasionados por poderes sobrenaturais como Deus, os anjos ou os demônios? Tais acontecimentos se imputam sempre a poderes naturais, seja à boa ou má vontade dos homens, seja à inteligência ou estupidez humanas. (Bultmann, 2008, p. 30)

Essa perspectiva de Bultmann, marcada pelo tom liberal, merece atenção para as análises contextuais, uma vez que a esfera eclesial se permita na abertura de leitura. Assim, a dinâmica eclesial é “tornar-se um lugar de aprendizado (…) e estudar com paciência até ela amadurecer para a tarefa que lhe foi confiada por Cristo: Ide e instruí todas as nações” (Halík, 2018, p.48). Temos que lembrar que a própria imagem de Deus é condicionada a interpretações: “A imagem de Deus numa sociedade depende sem dúvida da natureza e do lugar de quem imagina Deus. Existe um Deus dos clérigos e um Deus dos Leigos; Um Deus dos monges e um Deus dos seculares; Um Deus dos poderosos e um Dos Humildes; um Deus dos ricos” (Le Goff, 2007, p. 11).

A contribuição do historiador Jacques Le Goff coincide com nosso texto, uma vez que enfatizamos que não existe leitura e realidade unívoca, pelo contrário, há uma pluralidade de condições sarapintadas que merecem atenção, justamente no que tange ao jogo da contextualização. Isso, de certa forma, é um alerta para o próprio fazer teológico, uma vez que na história temos leituras extremistas provocando espaços não-contextualizadores, fomentando o ódio, o preconceito, a exclusão. Desse modo, ponderamos que um bom caminho para uma práxis teológica contextual é a dialogicidade de leituras, interpretações e de realidades que nos cercam. Esse é um bom caminho para pensarmos a contextualização.

O que impede essa dialogicidade? Preconceito? Ódio? Medo? Nessa dinâmica, sabemos do valor que o conservadorismo obtém, merece respeito e espaço, e tem de fato relevância para atualidade. Assim, Halík através de um fragmento, nos ajuda a ampliar a visão de uma dialogicidade que colabora para o movimento contextual. Assim, ele nos diz que:

Um exemplo é o famoso diálogo do Cardeal Ratzinger com o Filósofo “da esquerda” Jürgen Habermas, que terminou com o consenso mútuo de que o cristianismo e o liberalismo atuais precisam um do outro, pois ambos os lados conseguem corrigir seus desequilíbrios apenas por meio do diálogo recíproco. (Halík, 2018, p. 38)

Outro exemplo, que merece atenção, está atrelado ao movimento conservador neocalvinista, nele é possível verificar certa dialogicidade, ainda que seja um movimento extremamente crítico da revolução francesa e de suas derivações, ou seja, liberalismo e esquerdismo. Na própria teologia de Abraham Kuyper notamos certa dialogicidade de leitura, para compreensão da realidade:[2]  

A Revolução Francesa, sonhando com a solução da questão social, introduziu, no entanto, um gravíssimo e perene problema de arquitetônica social no ocidente, através de seu princípio emancipatório e suas duas crias gêmeas do individualismo liberal e do coletivismo socialista. A solução? Kuyper responderá: está no socialismo! A perplexidade será aqui desnecessária: O socialismo de Kuyper não é aquele concebido sob o influxo do princípio revolucionário, que ele denuncia com todas as suas forças, mas o socialismo concebido como a existência de uma sociedade viva e organicamente coesa, um “corpo” muitos membros, com funções diversas e interdependência. (Carvalho, 2020, p. 15-16)

Nossa ponderação não tende descartar o escopo teológico neocalvinista, no qual encontramos conceitos como o de democracia cristã, esferas de soberania e outros aspectos conceituais que sustentam esse movimento. No entanto, nossa intenção é mostrar como os movimentos de apropriações recorrem à amplitude das interpretações para análise das realidades. O próprio Kuyper realiza tal movimento quando se apropria do que ele considera bom do socialismo.

Até aqui minhas considerações tendem a alertar para as infinidades de interpretações e realidades. No segundo momento quero evidenciar que esse movimento, em minha perspectiva, não pode se desvencilhar da prática.

O desafio contextual

A esfera eclesial obtém o desafio de considerar o movimento contextual em quadro amplo, e isso é uma necessidade explicita como ponderei no primeiro momento desse ensaio. O movimento contrário trabalha como redução do conceito – contextualização – e embaraça a mensagem, ministério, missão e relação da igreja com a esfera pública. Em pleno século XXI, a igreja que aspira ser contextual não pode ficar reduzida às grandes estratégias missionárias de percepção unívoca, tendenciosa ao salvacionismo. Contextualizar para salvar é um slogan que, na minha percepção, expressa uma miopia eclesiológica. Cabe ponderar, também, que ser igreja contextual não é obter status de extremada relevância sobre a sociedade. Tal condição é cupidez eclesial antiga[3] que denota volição de poder, e autoritarismo, sobre a sociedade civil, anulando toda harmonia, dialogicidade, negativizando as diferenças.   

No entanto, considero também que a igreja contextual não pode ficar reduzida em interpretações e análise das realidades.  Isso é um fator importante, no entanto, a igreja pode ter excelentes leituras, mas não ser encarnada com a sociedade, ser simplesmente expectadora e obter um olhar adormecido. Zygmunt Bauman nos alerta sobre o litígio da expectação adormecida, condição essa que reflete sujeitos, sociedades e instituições pautadas na individualidade, egocentrismo e que dispensam toda responsabilidade do agir perante as realidades circunstanciais (Bauman, 2017).

Assim, denoto que a igreja não pode ser uma expectadora adormecida, se aspirar contextualização, tem que agir, se encarnar na realidade, saber que sua condição de contextualização não é sobre a sociedade, de visão teórica apenas, mas com a sociedade, ou seja,  teoria não se desvencilhando da prática, teoria brotando com a  prática, nascendo das realidades, promovendo interpretações que sejam em prol das realidades, vivenciando o movimento de práxis (Freire, 2005). Nesse movimento, a igreja contextual obtém aberturas bibliográficas, pragmáticas, condições essas sempre vinculadas no que tange às interpretações e realidades. Essa condição de abertura[4] que exponho, considera necessariamente diálogo com todas as religiões, opções de gêneros, modos de arte, progressos científicos, demandas políticas, sociais e culturais.

Assim, o que chamo de movimento de abertura, é consciência das interpretações e realidades em movimento pragmatizado. A questão não é somente olhares teóricos. Frei Betto pondera que a teoria distante da prática foi um erro eclesiológico no Brasil. Ou seja, em prol da ação missionária que visava a contextualização, a igreja católica,  em meados de 1950 e 1960, promoveu excelentes intelectuais como o Padre Henrique Vaz – referência de pensador da realidade brasileira – e a instituição ISEB – Instituto Superior de Estudos Brasileiros – além disso, Frei Betto diz que: “Nós Cristãos, bebíamos sobretudo, a filosofia de caráter personalista como a de Bergson, do Grabriel Marcel, do Maritain, e do Emmanuel Mounier” (Beto; Freire, 1987, p. 26). Mesmo com essa riqueza teórica, não obtiveram boa contextualização com a realidade, pois, no olhar de Frei Betto, a igreja era para o povo, sobre o povo, e não com o povo, ou seja, não obtinham encarnação. A atenção que nos cabe é evitar o erro novamente. O leque de teóricos é necessário para a igreja contextual, isso instrumentaliza, possibilita reflexão profunda e trilhas saudáveis, portanto, para que isso seja eficaz, é necessário a práxis, teoria e prática andando juntas em movimento de abertura, diálogo e flexibilização.

Considerações finais

Finalizo esse artigo elaborando uma expressão, a partir de algumas palavras que considero relevantes nesse texto. Tal expressão quero chamar de Abertura eclesiológica contextual, essa que tem como função uma práxis eclesial profunda em reflexão, e ao mesmo tempo profunda em proximidade  com as ruas, vielas, avenidas, margens, com as raças, tribos, nações, promotora de pontes, que rechaça preconceitos, desigualdades e é combatente pelos direitos humanos. Considero que essa Abertura eclesiológica contextual alarga os horizontes, não se atenta somente para a esfera transcendental, mas, luta no e com o mundo, pelos direitos de moradia, pela qualidade educacional, pelo posicionamento político em favor dos famintos, dos sedentos, dos marginalizados, dos esfarrapados. Contudo, essa abertura eclesial contextual é provocativa, vai além do púlpito, é geradora de círculos que dão espaço para vozes e discursos de todos(as) sujeitos(as) que pensam de modo análogo e dos que discorrem dissemelhantemente.


[1] O livro Nietzsche: civilização e cultura (2005), do autor Carlos A. R. de Moura, é um excelente para entender o perspectivismo nietzscheano. Além disso, temos o livro, Labirintos da Alma: Nietzsche e a auto-supressão da moral (1997), do Filósofo brasileiro Oswaldo Giacoia Júnior, permite uma compreensão ampla no que tange a esfera religiosa nietzschiana. O livro Crer que se crê (2018), do italiano Gianni Vattimo, também possibilita um panorama interessante sobre a realidade de um cristão perspectivista. E o livro O anticristo (2016), do próprio Filósofo Nietzsche, nos mostra a potencialidade de um cristianismo pensado pelo próprio autor, ou seja, mostrando as negatividades do discurso paulino, e exaltação da humanidade do Cristo, e da esfera relevante do Deus do Antigo Testamento.

[2] A palavra realidade está no singular devido Kuyper obter uma visão unívoca de mundo, pautada na soberania divina. No entanto, a leitura teológica desse pensador não escapa a esfera das intepretações, essas que são análises das realidades. Nossa intenção é mostrar a dialogicidade que ocorre no conservadorismo, e isso não é condição provocativa, mas possibilidade de evidenciar o conservadorismo como aquele que tem seu espaço relevante na dialogicidade.

[3] Considero que a cupidez eclesial antiga, de raiz primitiva (II d. C. ao IV d. C.), é muito bem analisada no livro; Cristãos, judeus e pagãos (Frangiotti, 2006). Nesse livro, o autor proporciona a verificabilidade da barbárie cristã, essa que tem vontade de poder sobre a sociedade. Conseguimos nessa obra uma percepção referente aos pais da igreja, que não é romantizada e evidência muita morte e violência, em nome de Jesus. A obra de Frangiotti passa despercebida nos currículos protestantes. É uma excelente obra para novos olhares históricos justamente no que tange à percepção cristã.

[4] A literatura de Tolstói é algo incrível para visualizarmos o que chamo de movimento de abertura nesse artigo. Deixo como indicação, o conto Padre Sérgio (Tolstói, 2001). Nesse conto, o leitor pode obter a percepção de uma leitura cristã enrustida, piedosa, santarrona, para uma abertura de um cristianismo de simplicidade da vida, concreto, sem tons metafísicos.  


Referências bibliográficas

AUGÉ, Marc. Não-lugares. Introdução a uma antropologia da supermodernidade. São Paulo: Papiros, 1994.
BAUMAN, Zygmunt. LEONCINI, Thomas. Nascidos em tempos líquidos. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.
BARTH, Karl. Esboço de uma dogmática. São Paulo: Fonte Editorial, 2006.
BULTMANN, Rudolf. Jesus Cristo e mitologia. São Paulo: Fonte Editorial, 2008.
CALVALCANTI, Robinson. A utopia possível. Em Busca de um cristianismo integral. Viçosa, MG: Ultimato, 1997.
FRANGIOTTI, Roque. Cristãos, judeus e pagãos: acusações, críticas e conflitos no cristianismo antigo. São Paulo: Ideias e Letras, 2006.
FREIRE, Paulo; BETTO, Frei. Essa escola chamada vida. Depoimentos ao repórter Ricardo Kotscho. São Paulo: Ática, 1987.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
GIACOIA, Oswaldo. Labirintos da alma: Nietzsche e a auto supressão da moral. Campinas: Editora da Unicamp, 1997.
HABERMAS, Jürgen. Fé e saber. São Paulo: Unesp, 2013.
HALÍK, Tomás. Não sem esperança. O retorno da Religião em Tempos pós-otimistas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.
CARVALHO, Guilherme. Introdução. In: KUYPER, Abraham. O problema da pobreza. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2020.
LE GOFF, Jacques. O Deus da Idade Média: Conversas com Jean-Luc Pouthier. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
MOURA, Carlos A. R. Nietzsche: civilização e cultura. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
NIETZSCHE, Friedrich. O anticristo e ditirambos de Dionísio. São Paulo: Companhia de Bolso, 2016.


Sobre o autor

André Luiz Borges da Silva é Doutorando em Educação pela UEM, Graduando em Filosofia pela UEL, Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Sul Americana, onde atualmente trabalha como Tutor e Pesquisador.

Contato com o autor: andre.borges@teologia.com.br